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Neste segundo volume de A formação da classe operária inglesa , E.P. Thompson não polemiza apenas com a propaganda dos vencedores: critica também as concepções marxistas sobre a classe operária que a transformaram no resultado da equação energia a vapor mais sistema industrial num mero fator de produção.

 

Na monumental obra de E. P. Thompson, A formação da classe operária inglesa , o segundo volume ― "" A maldição de Adão "" ― ocupa um lugar muito especial. Ele tem a peculiaridade de ser contundente desde os seus parágrafos iniciais. O autor, como uni-intérprete da história, nos coloca abruptamente diante de uni fato desconcertante: a presença ameaçadora da fábrica. Tecendo a trama de seus argumentos mediante uma quantidade de documentos impressionante, vemo-nos em meio ao desconforto dos seres humanos que vivenciaram a fábrica como um ""símbolo de energias sociais"" que mudava o ""curso da natureza"". É o próprio autor quem diz: ""Podemos agora constatar parte da natureza verdadeiramente catastrófica da Revolução Industrial e algumas das razões pelas quais a classe operária se formou nesses anos. O povo foi submetido, simultaneamente, à intensificação de duas formas intoleráveis de relação: a exploração econômica e a opressão política.""

Mas o leitor não deve esperar apenas um quadro sombrio do universo da fábrica, tal como foi descrito por vários literatos e intelectuais do século XIX. É bem verdade que Thompson se alinha ao lado de Engels na confirma-ção de que o período transcorrido entre 1790 e 1830 foi extremamente difícil para os trabalhadores ingleses e critica aqueles que, à luz das exageradas taxas de crescirnento econômico, montam um quadro tão otimista da vida dos tra-balhadores. Concomitantemente à re-construção minuciosa das condições de vida e trabalho de artesãos, trabalhado-res rurais, mulheres e crianças, o autor realiza uma análise magistral sobre o peso da religião metodista junto ao operário. Descartando o viés maniqueista de interpretação histórica, que associa o metodismo exclusivamente às práticas patronais de sujeição do trabalhador à disciplina fabril, Thompson nos mostra como essa seita, com seu sonho milenarista, serviu de base para o surgimento dos sentimentos de esperança e de soli-dariedade entre os trabalhadores.

Embora a fábrica tenha trazido uma mudança radical nos hábitos e costumes do mundo do trabalho, sendo considerada a verdadeira Maldição de Adão , este volume deixa-nos a marca definitiva da experiência operária e o seu fazer dentro dos ambientes fabris e sobretudo fora deles. Aí se produziu urna intrincado rede de relações por meio do uso do tempo livre, no desenvolvimento das relações pessoais ― jogos, festas, come-morações, associações ― e outras iniciativas que formaram a cultura operária. 

 

E. P. Thompson foi um historiador britânico da concepção teórica marxista e é considerado por muitos como o maior historiador inglês, do século XX.Comprometido com as causas populares e um crítico vigoroso da ideologia dominante, sem perder nunca o humor e a ironia, Thompson foi uma figura chave no fim da Guerra Fria.

 

Detalhes do produto

  • Editora ‏ : ‎ Paz & Terra; 1ª edição (18 outubro 2012)
  • Idioma ‏ : ‎ Português do Brasil
  • Capa comum ‏ : ‎ 456 páginas
  • ISBN-10 ‏ : ‎ 8577532070
  • ISBN-13 ‏ : ‎ 978-8577532070
  • Dimensões ‏ : ‎ 20.6 x 13.6 x 2.6 cm

A formação da classe operária inglesa (Vol. 2) - E. P. Thompson

SKU: 9788577532070
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